CETESB QUER MUDAR GASOLINA PARA COMBATER OZÔNIO
2003-09-01
O monóxido de carbono não é o único vilão da qualidade do ar na Grande São Paulo. O ozônio atmosférico (O3) é hoje o poluente que mais ultrapassa os limites legais na região e, contra ele, as armas são menos conhecidas. Uma alternativa que deu certo em algumas cidades dos Estados Unidos e pode ser adotada no Brasil é a redução da concentração de olefinas na gasolina -uma proposta que a Cetesb deve encaminhar à ANP (Agência Nacional do Petróleo) até o próximo mês. As olefinas são substâncias presentes no combustível e cuja queima incompleta lança no ar compostos orgânicos voláteis que, por sua vez, contribuem na formação do ozônio. Hoje, a gasolina tem 30% de olefinas; a sugestão da Cetesb é que o limite máximo passe a ser 20% em 2004 e 10% em 2007. Dessa forma, os técnicos da agência paulista estimam que seria possível inibir a formação do O3. Ele é produzido por uma reação entre o oxigênio da atmosfera e os óxidos de nitrogênio e compostos orgânicos que saem dos tubos de escapamento dos veículos na presença de luz solar intensa. ( Folha On Line, 30/08)