Alexandre Castro, biólogo e pesquisador do Laboratório de Ornitologia e Animais Marinhos do Centro de Ciências da Saúde da Unisinos explicou, na edição de hoje (01) de ZH porque os predadores dos mexilhões dourados (presentes na Ásia) não são trazidos para o Brasil. Segundo ele o mexilhão-dourado tem predadores naturais, que podem ser peixes e aves. Trazer esses predadores para o Brasil não é uma solução ambientalmente correta. Introduzir novas espécies para combater as já introduzidas que estão causando problemas é uma medida arriscada que, em vez de solução, pode trazer mais problemas. No ambiente de origem desses animais, existe um equilíbrio natural. O mexilhão-dourado ocupou, no Brasil, um nicho ecológico que estava em aberto, competindo com as espécies nativas. Se outros animais forem trazidos, poderá ocorrer um novo desequilíbrio. Esse animal poderia se expandir e acabar interferindo em outros ambientes e em outras espécies. É necessário um controle nacional para a introdução de espécies exóticas. Uma vez introduzidas, tem de se tentar erradicar ou controlar sua expansão. (ZH/Eureka/6)