AJUSTE FISCAL AGRAVA CRISE NO SANEAMENTO
2003-08-26
Sem tanto alarde, o saneamento básico vive uma crise parecida com a que antecedeu o apagão de energia elétrica em 2001, pelo menos na origem: a falta de investimentos decorrente em grande parte do ajuste nas contas públicas. Não há risco iminente de racionamento, mas as metas de universalização dos serviços de água e esgoto estão claramente ameaçadas. Casos de verminoses e infecções que poderiam ser evitados pressionam gastos com saúde. Os dados mais recentes mostram uma fatia de 8,5% da população sem acesso à água potável. As famílias mais pobres são maioria, com 2,6 milhões de domicílios nessa situação. E quase a quarta parte dos domicílios brasileiros não tem acesso à coleta de esgoto nem a fossas adequadas; em 81% deles vivem famílias com renda de até cinco salários mínimos. (FSP/Folha Brasil/A6, 25/08)