CONSULTORA VÊ ERRO EM ROTULAGEM
2003-08-25
Uma mudança no artigo que regulamenta a rotulagem de produtos alimentícios que contêm soja transgênica dificultou o cumprimento da lei, afirma a consultora da Assessoria e Serviços a Projetos em Agricultura Alternativa (ASPTA) e integrante do Movimento por um Brasil Livre de Transgênicos, Flávia Londres. Na medida provisória, editada em março, que autorizou a comercialização da soja transgênica até 31 de janeiro de 2004, ficava estabelecido que qualquer produto que contivesse traços de soja transgênica deveria ser rotulado. No texto aprovado no Congresso ficou decidido que só seria preciso rotular os produtos que tivessem mais de 1% de soja transgênica na sua composição. Segundo Flávia, enquanto um teste para mostrar se existe algum traço de transgenia custa entre R$ 10 e R$ 12, o outro sai por cerca de US$ 300. A Monsanto, multinacional que detém a patente da soja transgênica Roundup Ready, afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que vai manter a decisão de cobrar royalties sobre a soja transgênica que sair do Brasil para outros países. A cobrança será efetuada a partir da próxima safra de soja. Isso, segundo a assessoria de imprensa da empresa, não depende da liberação ou não do plantio e comercialização de organismos geneticamente modificados no país. A empresa disse que não irá comentar detalhes da cobrança nem das atitudes do governo porque as negociações continuam. (FSP Online/Dinheiro, 23/08)