ESTUDO PROVA QUE POLUIÇÃO DEFORMA MEXILHÕES
2003-08-25
Uma pesquisa recém concluída na USP de São Carlos apresenta novas evidências sobre os riscos que poluição dos mares e oceanos traz à fauna e à flora marinha. Para avaliar o impacto ambiental, a engenheira ambiental Roberta Adriana de La Verne Jorge, da USP (Universidade de São Paulo), realizou um trabalho com larvas de mexilhões da espécie Perna perna. Os mexilhões foram escolhidos por sua grande importância ecológica e econômica e por serem largamente utilizados no consumo humano. Para a pesquisa, ela coletou mexilhões adultos no litoral norte de São Paulo - região escolhida por ter uma grande quantidade dos animais e baixos índices de poluição. Os mexilhões foram então levados para um laboratório, onde se reproduziram em um aquário. Depois, a pesquisadora aplicou taxas gradativas de quatro poluentes (o benzeno, o sulfato de zinco, o dodecil sulfato de sódio e o cloreto de amônia) onde estavam as larvas. Todos esses poluentes são encontrados com facilidade nos oceanos. A presença dos poluentes causou alterações morfológicas e fisiológicas nas larvas. Algumas mudanças são visíveis, como a falta de uma concha ou de outras pequenas partes do corpo. (Boletim Galileu, 22/08)