AR POLUÍDO CONTINUA A MATAR TRABALHADORES NO RS
2003-08-20
A procura por ametista e outras semi-preciosas faz com que famílias inteiras, com exceção das mulheres, mergulhem terra abaixo, não se importando com as péssimas condições de trabalho, principalmente a aspiração de substâncias tóxicas. Há exigências junto às empresas, mas o controle é difícil. Segundo a coordenadora das Ações Técnicas da Fundacentro não está em andamento qualquer pesquisa que envolva meio ambiente e saúde do trabalhador no Estado. A questão é considerada um problema de saúde pública, além de ser uma equação difícil de se ser resolvida sob os pontos de vista ambiental e social, lembra médico Carlos Tietboehl Filho, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, que também atua no Serviço Social da Indústria e na Secretaria de Saúde do Estado. Ele conta que os garimpeiros trabalham em túneis de 200 metros, expostos a explosões e desmoronamentos. Crianças, a partir de sete anos já estão na labuta. Mesmo com todas estas dificuldades, esses homens não param por nada. Tietboehl lembra de uma vez que a fiscalização do Ministério do Trabalho chegou a fechar algumas mineradoras. Mesmo assim, os trabalhadores continuaram trabalhando, pois disseram que se parassem iam morrer de fome, observa o pneumologista. Há o caso do arenito que também provoca doenças ocupacionais no Estado. (Ecoagência, 17/08)