CAMINHADA SAUDÁVEL EXIGE AR SEM POLUIÇÃO DE VEÍCULOS, DIZ ESTUDO
2003-08-19
Dissertação de mestrado do professor de educação física Ibsen Dalla Júnior, que será defendida quinta-feira (21) na Faculdade de Saúde Pública da USP, mostra que poluentes na região de parques, onde se praticam caminhadas, interferem na freqüência cardíaca, pressão arterial e função pulmonar. Sabe-se que regiões com muitos carros, e áreas rebaixadas ou de vale são mais sujeitas a concentrar poluição. Até as árvores, que muitos acham que aliviam a situação, pouco podem fazer, diz o professor. Quando adultas elas praticamente consomem todo o oxigênio que produzem. Para o pesquisador do Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da USP e coordenador do Programa de Pediatria Ambiental da Universidade Santo Amaro, Alfésio Luís Ferreira Braga, a pesquisa é um retrato de uma situação disseminada pela cidade. Quando alguém faz exercício tem de receber mais oxigênio. Para isso, inala mais ar e tudo o que está nele. Ao entrar em contato com as células do pulmão, as toxinas causam irritação. Isso pode criar efeitos agudos, como enfarte e pneumonia ou de longo prazo, como tumores. (Diário da Manhã, 18/08)