A Estação Biológica do Taim está com 95% de seus 33,8 mil hectares alagados, e pode faltar alimentação para as capivaras e outros roedores. O normal é 60% da área estar alagada. Esta é a Segunda maior cheia do Taim em seis anos. De janeiro até agora, choveu 1,3 mil milímetros, quantidade equivalente à média anual em toda a região. Segundo Amauri Sena Motta, administrador da estação ecológica, os estoques nutrientes para as capivaras e outros roedores podem se esgotar. O Taim só de deve retomar seu equilíbrio com a aproximação da primavera, quando o clima favorece a evaporação da água. Desde 1995, esta é a Segunda maior cheia já registrada no Taim. Periodicamente, o Taim vive fases de cheias e de secas vorazes, como a do verão de 1991, que culminou num dos mais graves incêndios ocorridos na estação. Centenas de animais morreram por causa do fogo. De acordo com o professor David Motta Marques do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS (IPH), os problemas surgiram na década de 60, com a construção de um sistema de comportas para o controle hidrológico do Taim, e da BR- 471, rodovia que corta 17 quilômetros da estação. (ZH/5)