TÉCNICOS DEFENDEM A PERMANÊNCIA DO MURO DA MAUÁ
2003-08-14
O Muro da Mauá, no centro de Porto Alegre, integra um sistema complexo de contenção de cheias, construído ao longo de vários anos, sendo incontestável a sua permanência para evitar enchentes que ainda podem ocorrer na cidade. A defesa foi feita por representantes do Departamento Municipal de Água e Esgoto (DEP), Superintendência de Portos e Hidrovias, Delegacia da Capitania dos Portos da Marinha do Brasil e Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (IPH/UFRGS), na Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação (Cuthab) da Câmara. O diretor do departamento de Conservação Hidroviária do DEP, engenheiro Sergio Cotrim, explicou que os 2.647 metros de muro - com três de altura a partir do solo está inserido no sistema integrado por 68 quilômetros de diques internos, 18 casas de bombas, 14 portas de proteção estanque, galerias e 70 quilômetros de condutos forçados. Alertou que, se qualquer um deles apresentar falhas, comprometerá todo o sistema. O professor Joel Avruch Goldenfun, do IPH/UFRGS, afirmou que a retirada do Muro da Mauá implicará em grave risco à população da Capital, porque integra o sistema detalhado por Cotrim.