EMERGÊNCIA COM PRODUTOS QUÍMICOS SE CARACTERIZA POR LONGO PRAZO
2003-08-13
O atendimento a emergências com produtos químicos não pode ser improvisado, tampouco, apressado. A afirmação do engenheiro químico, Rubens César Perez, durante o 3° Seminário Acidentes Químicos e Atuação da Mídia, encerrado ontem (12) em Porto Alegre, se direciona aos profissionais de mídia, que segundo ele, muitas vezes, na ânsia de obter as informações e imagens, acabam cobrando resultados, nem sempre possíveis de serem obtidos a curto prazo. — É necessário rever o objetivo da mídia nos atendimentos, critica. Perez defendeu três aspectos fundamentais nesse relacionamento: segurança do profissional, trabalho integrado com a equipe e informação correta. No entanto, para o repórter da RBS, Mauro Saraiva Júnior, o problema nesse tipo de cobertura é a falta de precisão nas informações sobre os acidentes. Ele criticou o excesso de autoridades competentes que, nem sempre, possuem os mesmos dados para a imprensa. Saraiva citou um acidente ocorrido na free-way no mês passado, quando contabilizou seis autoridades, cada uma delas com informações diferentes a respeito do ocorrido. — Ao entrar no ar (rádio) não posso dar informações imprecisas, afirma. Outra reclamação dos jornalistas é a ameaça de processo por parte das empresas responsáveis pela carga, em caso de publicação do nome ou placa do veículo. Mário Rocha, assessor de imprensa da Fepam, defende que os órgãos de fiscalização não podem dar informações equivocadas.— É melhor esperar a confirmação da área técnica do que passar informação imprecisa, explica.