ARMAS QUÍMICAS ABANDONADAS PELO JAPÃO PERTURBAM RELAÇÕES COM A CHINA
2003-08-13
O governo chinês voltou a insistir que o Japão deve resolver o problema das armas químicas abandonadas em solo chinês durante sua retirada no final da Segunda Guerra Mundial. O pedido foi feito depois que 36 pessoas ficaram intoxicadas na semana passada, ao desenterrar vários recipientes com gás mostarda no norte do país. O envenenamento ocorreu quando os trabalhadores de uma obra na localidade de Qiqihar (província de Heilongjiang, norte do país) desenterraram e abriram cinco barris dos quais saiu um líquido oleoso que impregnou o terreno. Alheios ao conteúdo, venderam os recipientes para reciclagem e levaram a terra contaminada para outros pontos do canteiro de obras. Em conseqüência disso, um total de 36 pessoas ficaram intoxicadas, dez das quais se encontram em estado grave. As vítimas pediram indenização ao governo japonês. Em julho de 1999, depois de anos de negociações, ambos os governos assinaram um acordo para a destruição das armas. O Japão se comprometeu a eliminá-las de acordo com a Convenção para a Proibição de Armas Químicas. O custo da limpeza é estimado em US$ 1 bilhão. Segundo os advogados de algumas vítimas chinesas, cerca de 2 mil pessoas morreram por esse motivo desde o fim da guerra. (El País, 12/08)