O Governo francês adotou ontem(11) medidas para evitar um eventual risco de falta de eletricidade, enquanto oposição e médicos criticam sua falta de prevenção frente às conseqüências da seca e a onda de calor, com a polêmica de fundo sobre o número de mortos pelo fenômeno meteorológico. O Executivo autorizou às centrais nucleares, para facilitar seu rendimento, seriamente comprometido, a que, de forma limitada e transitória, vertam aos rios as águas quentes que saem de seus sistema de refrigeração. Graças a essa derrogação, considerada um escândalo pelos grupos antinucleares, a Eléctricité de France poderá manter e inclusive aumentar sua produção de energia, ameaçada por essas limitações e pela subida das temperaturas e baixa dos níveis das águas dos rios, com os quais refrigera suas instalações nucleares e térmicas. Apesar de ter dado um passo à frente na questão da energia, o Executivo é alvo das críticas por ter estado ausente na gestão dos problemas sanitários e meio ambientais gerados pelo calor. (Agência EFE, JB Online, NY Times, 11/08, GM/A10, CP/10)