ARTIGO SOBRE O BRASIL E AS BIOCOMMODITIES
2003-08-11
Em artigo publicado no jornal Gazeta Mercantil, Renato A. Pontes Cunha, presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Pernambuco (Sindaçúcar), fala sobre as biocommodities. Ele afirma que o biodiesel será utilizado nos transportes em Pernambuco e garante que no terceiro milênio, as mercadorias de origem vegetal, distinguir-se-ão na competitividade dos mercados internacionais de alimentos e de energia. — O álcool é responsável por considerável melhoria ambiental, assim como também o bagaço da cana, que é fonte extremamente nobre para energia elétrica limpa oriunda da biomassa. Inúmeros produtos já estão sendo fabricados e, no decorrer deste século, novas tecnologias surgirão no contexto sucroalcooleiro. Por exemplo, plásticos biodegradáveis provenientes do bagaço de cana, pirólise de biomassa destinada à fabricação de óleos combustíveis verdes para pequenos geradores de energia, etanol a partir da biomassa, compostos orgânico-alimentares para utilização em ração animal, briquetes de bagaço para alimentação orgânica de gado, fertilizantes orgânicos de vinhaça (potássio), bebidas, créditos de carbonos seqüestradores de CO2, etanol como combustível verde e também alimentador de térmicas estacionárias, além de biodiesel e da glicerina destinada à fabricação de solventes nas indústrias de tintas e outros. No que se refere ao biodiesel, o Sindaçúcar e o Instituto Tecnológico do Estado de Pernambuco (Itep), com a participação do tradicional Instituto Nacional de Tecnologia do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), do Rio de Janeiro, estão em negociação para a arquitetura de um convênio pioneiro no Nordeste. (GM/A3)