Nos últimos sete anos, o número de municípios com programas de coleta seletiva aumentou em 38%, de acordo com informações do Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre). — Hoje, são cerca de 200 municípios com programas estruturados, e esse número aumenta quando se leva em conta as cidades com coleta seletiva incipiente, diz Fernando Von Zuben, presidente da entidade. A reciclagem, segundo ele, é uma das soluções para o lixo, pois ajuda a reduzir o volume do que vai para os aterros, mas só ela não resolve o problema do lixo. No Brasil, cerca de 60% do lixo produzido é material orgânico, e grande parte desse volume ocorre devido ao desperdício e a falhas na distribuição dos alimentos. — O país tem bons exemplos de cidades que têm feito esforços para gerenciar o lixo de forma mais complexa, como Porto Alegre (RS), Curitiba (PR) e municípios do interior de São Paulo. Outros, no entanto, sequer discutem a questão, diz professor Emilio Eigenheer, coordenador do centro de informações sobre resíduos sólidos da Universidade Federal Fluminense (UFF). (GM/Relatório Futuro das Cidades/2)