MUNICÍPIOS AINDA NÃO SABEM COMO ADMINISTRAR O LIXO
2003-08-07
O lixo urbano é um problema que os municípios brasileiros ainda não sabem como administrar. Dados de 2000, da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico do IBGE, apontam que 63,6% dos 5.561 municípios brasileiros utilizam vazadouros a céu aberto, os lixões, como destino final dos resíduos gerados. Apesar disso, as discussões recorrentes acerca do assunto e o aumento dos programas de coleta seletiva nas cidades acenam como promessas para a mudança desse quadro. No início do ano, a Prefeitura de São Paulo estabeleceu a Taxa de Resíduos Sólidos Domiciliares (TRSD), mais conhecida como taxa do lixo, sob o argumento de que o tributo deverá gerar uma receita da ordem de R$ 300 milhões que servirá para dar correto gerenciamento ao lixo produzido na cidade. Diariamente a capital paulista gera em torno de 15 mil toneladas de lixo, e 93% dos resíduos coletadas são destinados a dois aterros sanitários, Bandeirantes e Sítio São João, cuja capacidade de receber resíduos estará esgotada em três anos. A Secretaria de Serviço e Obras da Prefeitura de São Paulo estima que são necessários investimentos da ordem de R$ 1,2 bilhão para a modernização do sistema de limpeza urbana, valor que engloba a construção de dois novos aterros, duas usinas de compostagem, centrais de triagem de material reciclável e a implantação de programas de coleta porta-a-porta nas favelas. (GM/Relatório Futuro das Cidades/2)