O alto consumo de lenha na região, seja na utilização em estufas de fumo, secadores de grãos, construção civil, serrarias, entre outras, preocupa o engenheiro florestal da Emater de Cristal, Marciano Loureiro, que teme a ameaça às reservas de mato nativo da região. Segundo ele, a cultura do fumo vem se expandindo, o que resultará também no aumento da demanda por lenha. Estudo realizado pelo engenheiro, aponta que, na safra 2002/2003, o consumo de lenha para secagem de fumo foi de 1.246.191,60 metros ou aproximadamente cinco mil hectares de floresta. O receio do engenheiro é ainda maior, diante da estimativa de incremento na área da cultura para a safra 2003/2004, que é de 25%. Com isso, o consumo de lenha também deve aumentar para pelo menos 1.557.739,50 metros ou aproximadamente 6.230 hectares de floresta.Loureiro acredita que a solução a médio prazo é a criação de programas florestais com subsídios, a fim de motivar o produtor a reflorestar. — A atividade não entusiasma porque quem planta irá colher daqui a seis, sete anos. (Diário Popular, 31/07)