EMPRESAS DEVEM AJUSTAR LINHAS DE PRODUÇÃO PARA DIMINUIR RESÍDUOS
2003-07-31
A alternativa da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul para o tratamento de resíduo sólido baseia-se na racionalização do processo de produção. O diretor do Centro Nacional de Tecnologias Limpas e membro do Conselho de Meio Ambiente da Fiergs, engenheiro químico Hugo Springer, explicou que a melhor maneira para tratar resíduos sólidos é não produzi-los. Para tanto, esclareceu que as indústrias devem ajustar a linha de produção a fim de reduzir perdas de matéria-prima. O método, desenvolvido há oito anos, além de proteger o meio ambiente, assegura às empresas redução de custos, aumento da produtividade e melhoria na qualidade de vida dos funcionários. O Programa de Produção Limpa, como é chamado, já atendeu 517 empresas de oito estados brasileiros e de outros três países (Moçambique, Paraguai e Equador). Ao todo, são 1.413 profissionais capacitados para executar a técnica, informou Springer. Springer participou na tarde de ontem (30) do painel Compromissos dos Empreendedores, no seminário que discutiu a gestão dos resíduos sólidos do Rio Grande do Sul, promovido pela Comissão de Saúde e Meio Ambiente. Segundo ele, os empresários são sensíveis à questão. — Este ano, o número de estados brasileiros que executa esta prática aumentou para 18. Para ampliar este número e mudar a realidade regional, a Fiergs, em parceira com o Senai/RS e Sebrae/RS, iniciou na última semana o projeto Eco Eficiência nas Empresas, que levará a experiência da Produção Limpa a nove grupos de empresas que pertencem a cinco setores da economia gaúcha.