A Rússia tem um papel fundamental na ratificação do Protocolo de Kyoto, pois caso o país não o aceite, o protocolo de Kyoto não entrará em vigor, disse Victor Danilov-Danilyan, diretor do centro de estudos ecológicos e econômicos da Academia Nacional de Economia do governo Russo . No entanto, há vários opositores ao protocolo. Um dos argumentos contra é o fato que se a Rússia respeitá-lo e não aumentar as emissões de Gás Efeito-Estufa (GEE), poderá diminuir o crescimento econômico, uma tese que não tem fundamento, de acordo com Danilov-Danilyan. O PIB da Federação Russa em 2000 foi metade daquilo que tinha sido em 1990, quando as emissões de GEE reduziram por 30 a 35%. Outro argumento contra é que a Rússia teria de implementar um sistema caro de monitorização, para controlar as emissões e para apresentar relatórios à Convenção sobre a Mudança do Clima. — Em primeiro lugar, não é preciso contabilizar cada chaminé. Emissões de CO2 para a atmosfera são determinadas a partir da quantidade de combustível queimado e o conteúdo de carbono, por isso o que é preciso é exercer um controle elementar sobre a economia nacional. Danilov-Danilyan acrescenta que o sistema novo será 100 vezes menor que os gastos correntes na contenção de poluição. Empresas como Gazprom e outras, vão se beneficiar financeiramente da ratificação deste Protocolo. (Pravda, 27/07)