Em três países Argentina, Canadá e Estados Unidos, 96% das áreas destinadas à agricultura foram plantadas com transgênicos e cerca de 90% da área plantada com transgênico no mundo utilizou tecnologia da Monsanto, que afirmou cobrará royalties pelo uso de suas sementes, mesmo que sejam de contrabando. A informação é de Tatiana Carvalho, responsável pela campanha de transgênicos/consumidores do Greenpeace Brasil, em palestra ontem (29) na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul. A ambientalista informou que já são 82 as entidades que aderiram à campanha Por um Brasil Livre de Transgênicos. — Na China, já foi implementada a alternância de plantio de algodão transgênico e não-transgênico e Suíça não aceita nem mesmo testes experimentais, exemplificou. Tatiana destacou como os principais problemas para o meio ambiente, a poluição genética com a contaminação de plantações vizinhas, perda de biodiversidade e criação de daninhas transgênicas, daninhas resistentes, aumento do uso de agrotóxicos; pragas resistentes e impacto em espécies não alvo. Também existem desvantagens econômicas que, segundo Tatiana, são a perda de mercado, principalmente na Europa e na China, além do alto custo da segregação de sementes (que até mesmo no transporte pode ser contaminada) e o monopólio da tecnologia.