As chamas para manejar o solo em regiões empobrecidas chegaram aos Campos de Cima da Serra mais cedo neste ano. Em vez de iniciar as queimadas em agosto, como é tradição, os pecuaristas aproveitam o inverno atípico para antecipar a prática ainda em julho. O clima, de temperaturas acima do normal para a estação e sem chuvas, favoreceu o emprego do fogo, o que reacendeu a polêmica em torno da questão. A Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) calcula que 50 mil produtores rurais usam o técnica todos os anos para renovar as pastagens e abrir lavouras. Enquanto estuda com a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS) uma alternativa às queimadas, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente reforça o alerta aos agentes florestais dos escritórios de Caxias do Sul, Nova Prata e Vacaria e aos soldados da Polícia Ambiental. Ao flagrar a irregularidade, os servidores estão orientados a aplicar multa de R$ 1 mil por hectare em chamas, conforme a lei. ( Pioneiro, 22/07)