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2003-07-21
RESUMO: A chamada poluição sonora é a mais difundida forma de poluição no mundo moderno. É a principal causa de hipoacusia e surdez em indivíduos adultos. Portanto, tratar do tema ruído, suas repercussões na saúde, não apenas auditiva, e a maneira de estabelecer controles, tem sido objeto de crescentes estudos e preocupações em vários campos. O presente trabalho buscou apreender qual a percepção dos motoristas de transporte coletivo urbano quanto as influências do ruído e vibrações, provocados pelo motor, como agentes estressores. Procurou-se quantificar e qualificar o processo penoso, não apenas no plano fisiológico, mas dentro da realidade vivenciada por esses profissionais. Para tanto, foi selecionada uma amostra aleatória simples de 40 motoristas, da cidade de Florianópolis (SC), que responderam a um roteiro estruturado de entrevista. Os dados quantitativos foram codificados e submetidos a dois tratamentos estatísticos não paramétricos (coeficiente de correlação por postos de Spearman e de Kendall), buscando correlacionar os níveis de ruído e vibrações ao nível de irritação. As verbalizações foram utilizadas objetivando explicar ou confrontar os resultados estatísticos. Os resultados apontaram para uma influencia significativa dos níveis de ruído e vibrações, além de outras variáveis, nos índices de irritabilidade dos motoristas. No entanto os entrevistados demonstraram um processo de negação dessa realidade, desconhecendo o ruído como agente estressor e causador de perda auditiva, supondo-se uma forma de poder continuar convivendo com este agente.
Instituição: Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI) Autores: Maria Helena Hoffmann, Elizabeth N. Sanches, Jorge Eriberto Lopes e Rogério Benitez.
Contato: (47) 341-7500.

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