Junto com seus alunos de graduação do curso de contabilidade, a professora Aracéli Cristina de Souza Ferreira, das universidades federal e estadual do Rio de Janeiro (UFRJ e UERJ) e instrutora para o assunto certificada pela Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) tem avaliado os balanços de empresas como Petrobras, Votorantim, Ripasa, Aracruz Celulose e Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), para identificar se estão e como estão descritos os investimentos em gestão ambiental. Na avaliação preliminar dos dados, a equipe notou que as empresas não estão discriminando em seus balanços as informações referentes a meio ambiente. Os relatórios ambientais mencionam apenas as ações positivas, como projetos de reciclagem e reflorestamento, e não fazem referência aos riscos de causar poluição ou degradação ao ambiente. A professora defende que os investimentos em meio ambiente devem ser esmiuçados em gastos com preservação, recuperação, reciclagem, compensações e marketing. Segundo Aracéli Ferreira, é a sociedade que arca com o ônus da poluição gerada, enquanto o lucro obtido com iniciativas ambientais, como os investimentos em áreas destinadas a seqüestro de carbono, não é compartilhado. (GM/A9)