Os governantes devem levar em conta a opinião pública antes de tomar decisões que afetem o ecossistema mundial, pois as perdas ambientais com freqüência são o resultado de políticas unilaterais, de acordo com o relatório Recursos Mundiais 2002-2004: Decisões para a Terra - Equilíbrio, Voz e Poder. O documento foi desenvolvido pelo Instituto de Recursos Mundiais, baseado em Washington, nos EUA, com o apoio do Programa de Desenvolvimento da ONU, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente(Pnuma) e do Banco Mundial. O diretor do Pnuma, Klaus Töpfer, afirma que os países pobres são a quarta maior preocupação dos cientistas entrevistados, após mudanças climáticas, escassez e poluição da água e desmatamento. O estudo foi conduzido em nove países: África do Sul, Chile, Estados Unidos, Hungria, Índia, Indonésia, México, Tailândia e Uganda, escolhidos pela variedade econômica. Segundo ele, alguns progressos foram obtidos na promoção de transparência, inclusão social e responsabilidade nas decisões ambientais. Porém, muito mais deveria ser feito para melhorar a legislação do setor e sua prática. Como exemplo, o documento cita Tailândia e Indonésia, países que não incluem a opinião dos habitantes na formulação de políticas ambientais, e Chile, Índia e Uganda, cuja participação popular é enfraquecida pela estrutura legislativa. (NY Times, Financial Times, FSP Online, 10/07)