MÓDULO II DO PRÓ-GUAÍBA NÃO SAI SEM CONTRAPARTIDA DO ESTADO
2003-07-09
O Módulo II do Pró-Guaíba não terá o financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) se o Estado não entrar com a contrapartida dos recursos. A opinião é do especialista ambiental do BID, Eduardo Figueroa. Ele argumenta que, enquanto o governo estadual não dispor de recursos para o Módulo II, o Governo Federal não dará o aval para liberar a parte (60%) do Banco. Segundo Figueroa, não é somente o problema de falta de caixa que impede o financiamento, mas também a baixa capacidade de endividamento do Rio Grande do Sul, em razão da dívida com a União. No ano passado, o Pró- Guaíba teve duas reuniões com uma equipe do Banco, a mesma que liberou os recursos para a prefeitura de Porto Alegre iniciar a Estação de Tratamento de Esgotos Serraria/Ponta da Cadeia, na zona sul da cidade. Essa obra, considerada como uma das mais críticas, faz parte do Módulo II, mas como foi financiada pela prefeitura, não entrará no financiamento do BID. Outro ponto crítico do Módulo II é a escolha de prioridades para receber investimentos do banco. Conforme ex- integrantes do Pró-Guaíba, a atenção do atual governo tem sido direcionada a outros programas que também buscam recursos da mesma fonte. — O Estado tem priorizado o Prodetur em razão da relação com os governos de Santa Catarina e Paraná, dizem. A solução seria a readequação dos valores dos dois programas. Em maio, o governo estadual acertou com o BID uma injeção de recursos nos próximos 18 meses, entre R$600 e R$ 700 mil por mês para concluir o primeiro módulo, que inclui redes de esgoto e parques.