PROJETO DE GASODUTO GAÚCHO PODE BENEFICIAR SANTA CATARINA E PARANÁ
2003-06-27
O plano de levar o gás natural vindo da Argentina também para Santa Catarina e Paraná e a fusão de duas térmicas gaúchas que seriam as âncoras do projeto devem viabilizar a construção do Gasoduto Uruguaiana-Porto Alegre. A obra é considerada estratégica por fechar o anel entre as jazidas do Brasil, Argentina e Bolívia com o mercado consumidor e introduzir um combustível mais barato na matriz energética nacional. O secretário de Energia, Minas e Comunicações do Rio Grande do Sul, Valdir Andres, membro do grupo de trabalho formado para buscar uma solução para o caso, diz que a fusão da TermoCanoas e da TermoGaúcha deve ser definida nos próximos dias em uma reunião entre os acionistas das usinas. Cada uma foi inicialmente projetada para gerar 500 megawatts (MW), mas devem ser transformadas em uma com capacidade de 500 MW.
A segunda medida para viabilizar o gasoduto consiste em substituir o combustível boliviano pelo argentino no Sul. A idéia é levar o gás argentino também para Santa Catarina e Paraná, operando uma reversão no sentido do Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol) a partir do Rio Grande do Sul. A TSB, responsável pela construção do Gasoduto Uruguaiana-Porto Alegre, é composta pela Gaspetro, TotalFinaElf, Tecgas-Techint, Ipiranga e Repsol-YPF. A Gaspetro, subsidiária da Petrobras, tem participação de 51% na Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG) e de 25% na TSB. O novo planejamento para o gasoduto, que deve ser concluído em agosto, prevê a retomada das obras paralisadas em 2001 no início de 2004. (GM/A7)