CLÁUDIO DILDA ELEITO PRESIDENTE DO CONSEMA
2003-06-27
Por 15 votos a favor e sete abstenções, o diretor-presidente da Fepam, Cláudio Dilda, foi eleito presidente do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema), em reunião ordinária ontem (26) à tarde. A eleição de Dilda motivou protestos de alguns conselheiros ligados a ONGs. O geneticista e membro da Agapan, Flávio Lewgoy criticou a escolha por não considera-la ética, uma vez que, em sua opinião, um representante do governo não poderia ao mesmo tempo, dirigir uma entidade como o Consema, órgão de controle social e fiscalizador. — É um paradoxo que o presidente de uma entidade como a Fepam seja também o presidente do Conselho, destacou Lewgoy que ressaltou não ter nada contra a pessoa do presidente. — Não se trata de uma questão pessoal, assim como não se tratava com o presidente anterior (Langone), apenas não considero ético, completou. José Lauro de Quadros da Farsul, em defesa do que considera ser legal, previsto nos Estatutos do Consema, rebateu as críticas de Lewgoy afirmando que qualquer conslheiro poderia ter se candidatado, inclusive o próprio. — Todas as decisões aqui tomadas são por maioria ou por consenso, destacou. Para o representante da Sema e membro do Comitê Eleitoral, Luis Paulo Cunha, o Consema tem caráter deliberativo. — Por esse raciocínio, o de que membros do governo não poderiam candidatar-se, boa parte desse conselho estaria impedido, disse, o que fez Lewgoy lembrar a clássica frase. — Nem sempre o que é Legal é Ético. Para ele, a esmagadora maioria de representantes do governo no Consema pode significar problemas graves no futuro. — Hoje, quase sem alarde, está se decidindo a rapidez dos licenciamentos. Esse conselho será atropelado, afirmou ao reiterar que a Farsul representa os interesses dos donos de terra. — É uma entidade conservadora. Nada contra, mas não pode haver um predomínio acintoso e esmagador, concluiu.