BRAÇO MARÍTIMO DA ONU QUER EXPULSAR GREENPEACE DE SEUS QUADROS
2003-06-26
Nos últimos oito meses desde que o navio Prestige derramou cerca de 12 mil toneladas de petróleo na costa da Espanha, o Greenpeace tem intensificado suas exigências por um fim aos navios de casco simples, a redução do uso de petróleo no mundo, e o aperto aos buracos na legislação que permitem que barcos com caçambas enferrujadas naveguem sob as chamadas bandeiras de conveniência. Hoje, a Organização Internacional Marítima (OIM), organismo ligado à ONU que tem o papel de proteger a saúde e a segurança dos oceanos, tentou retirar o Greenpeace de seus quadros. Em um movimento patrocinado por Chipre e Austrália, entre outros países, a presidência da OIM queria pôr fim ao status de observador mantido pelo Greenpeace nos últimos dez anos, sem a realização de qualquer votação. Criticados pelo Greenpeace, essas nações fornecem licenças a navios-tanque cujas medidas ou condições de manutenção estejam abaixo do padrão estabelecido por seus próprios países, podendo naufragar ou provocar vazamentos. A palavra final sobre a expulsão deverá ser dada na assembléia do organismo, em novembro. ( Greenpeace, 24/06)