O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) apresenta hoje(24) e amanhã, em São Paulo, os resultados do projeto Engajamento do Setor Privado nas Atividades do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo(MDL)/Protocolo de Kyoto. A empresa escolhida pelo PNUD para apresentar sua experiência em geração de energia limpa é a Bioenergia Cogeradora, geradora de energia elétrica para as usinas de açúcar e álcool Santo Antônio e São Francisco, do grupo Balbo, de Sertãozinho, no interior de São Paulo. Utilizando a biomassa do bagaço de cana como combustível, a companhia prevê aumentar a eficiência energética do processo e com isso adiar a necessidade de instalar um parque gerador a gás natural. Hoje, cada tonelada de cana gera 240 quilos de bagaço, que podem produzir 70 kW/h de energia, dos quais 20 kW/h são usados na produção de açúcar. O grupo Balbo foi escolhido por seu projeto Cana Verde, voltado à cultura orgânica da cana-de-açúcar, que demandou US$ 6 milhões em investimentos. O grupo mantém 8 mil hectares de cana plantada, manejada e colhida sem o uso de adubos e fertilizantes químicos. A empresa realiza controle biológico de pragas e colheita mecânica, evitando a queima das plantações. O objetivo da iniciativa do PNUD foi formular um projeto de MDL baseado no uso da biomassa da cana que servisse de parâmetro para outras empresas, do Brasil e do exterior. (GM/A8)