VAZAMENTO DE ÓLEO É UM PROBLEMA CRÔNICO
2001-07-24
Uma das principais constatações do monitoramento realizado pela Unisinos foi que das 18 espécies registradas, 42% apresentaram manchas de óleo na plumagem, 57% sinais de interação com a pesca, 1% das espécies não tiveram evidenciados sinais antrópicos e 42% sofreram simultaneamente efeitos do óleo e da interação com a pesca. Entre as aves encontradas mortas, 6.250 eram pingüins, comumente conhecido como pingüim-de-magalhães. Esta ave se reproduz na costa da Argentina e chega a nossas praias durante o inverno. Nos pingüins foi possível avaliar a presença de sinais de ação antrópica (presença do homem) de 3.376 carcaças, das quais verificou-se 573 com marcas de óleo e 424 com sinais de interação com a pesca. Em novembro passado foi registrado um pico de mortes com 2.721 carcaças encontradas em 150 km. Foram avaliados 144 conteúdos estomacais de pingüins, dos quais 80% apresentavam incidência de itens de origem antropogênica(induzido ou alterado pela presença ou ação do homem), o que não é comumente citado para as colônias de reprodução. Durante os 13 monitoramentos realizados na orla do Rio Grande do Sul sempre foram registradas aves com a plumagem manchada por petróleo, embora apenas em duas ocasiões tenham sido noticiados pela imprensa grandes vazamentos. O que sugere que pequenos vazamentos estejam se tornando um problema crônico e que estão afetando as aves.