Os governos do Brasil e Bolívia acertaram ontem (23) a prorrogação por mais dez anos do atual contrato de compra de gás da boliviano, estendendo de 2019 para 2029 o seu vencimento, segundo a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff. O aumento do prazo visa diluir os custos e baratear o preço do gás e flexibilizar as cláusula take or pay, que obriga o Brasil a pagar pelo gás transportado mesmo que ele não seja consumido. Em contrapartida, o governo brasileiro se comprometeu em ampliar o seu mercado de gás, dobrando a atual capacidade de transporte para o Sudeste e Nordeste em dois anos. O programa de construção de gasodutos, batizado de Projeto Malhas, prevê investimentos de US$ 1,2 bilhão, que serão feitos por um consórcio de investidores japoneses, as empresas Mitsui, Itochu e Toyo. Esse gás será utilizado para o consumo industrial, veicular, para a co-geração e também geração termelétrica. Devem estar na rota desses gasodutos as térmicas de Pernambuco (PE), e a usina a gás de Camaçari (BA). (Valor Online, ZH/27, GM/A7, O Sul/12)