TÉRMICAS PARADAS GERAM PERDA DE R$ 2,2 BI
2003-05-19
O governo federal gastará neste ano R$ 2,2 bilhões com o aluguel de 77 geradoras térmicas de energia elétrica que estão paradas, de acordo com documentos obtidos pela Agência Folha. O dinheiro virá do seguro-apagão, uma taxa que passou a ser cobrada dos consumidores e repassada por concessionárias de energia do país para a Comercializadora Brasileira de Energia Emergencial (CBEE). Os contratos foram firmados pelo governo FHC durante a crise energética de 2001 como medida de prevenção. Como eram contratos emergenciais, foram feitos sem licitação. As usinas só ficaram prontas para operar depois do fim do racionamento. Hoje, elas estão em condições de funcionamento, mas estão paradas porque sobra energia no Brasil. Segundo números da Eletrobrás divulgados no último dia 5, o consumo de energia no país é hoje inferior ao nível pré-racionamento. Além disso, subiu o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas, o que aumenta a oferta de energia. O Ministério de Minas e Energia calcula que cerca de 6 mil MW de potência instalada deixem de ser comercializados no Mercado Atacadista de Energia Elétricas (MAE), indicando que usinas não-emergenciais estão operando abaixo de sua potência total. Juntas, as 77 geradoras emergenciais somam 2.439,49 MW de potência instalada. (FSP/Dinheiro, 18/05)