DISPONIBILIDADE DE ÁGUA É DESIGUAL EM SÃO PAULO
2003-05-15
A distribuição de água nos Estados é desigual. Em São Paulo, o estado do País com maior disponibilidade, cada habitante tem direito a 2.209 m³/ano. Mas quando se analisam regiões como a da Grande São Paulo, onde vivem mais de 20 milhões de pessoas, a disponibilidade cai para cerca de 100 m3/hab/ano. Para equilibrar esta situação, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) é obrigada a extrair mais de 30 m³/segundo de água da bacia hidrográfica do rio Piracicaba, que abastece boa parte da região do Planalto Paulista. A transposição de bacias feita a partir do Sistema Cantareira torna viável a vida de metade da população em São Paulo. A manobra transfere o problema para a bacia do Piracicaba, área que mantém uma disponibilidade hídrica por habitante ao ano de pouco mais de 400 m³. Em Roraima a disponibilidade hídrica soma 1,506 milhão de m³ por habitante/ano. - Se há um problema natural da disponibilidade de água em algumas regiões do País, este problema foi agravado com o processo de urbanização pelo qual passou o Brasil, afirma José Galizia Tundisi, presidente do Instituto Internacional de Ecologia (IIE), de São Carlos (SP). (GM/A11)