FALTA DE FLORESTAS COMERCIAIS AUMENTA DILAPIDAÇÃO DO ESTOQUE DE NATIVAS
2003-05-09
Na falta de florestas comerciais disponíveis, aumenta a dilapidação dos estoques de nativas. Não para a produção de papel de celulose, que exige pinus ou eucalipto, mas para fabricar móveis , secar fumo, ou gerar energia – lenha e carvão vegetal representam cerca de 12% da matriz energética brasileira. Diante de tal escassez, tanto o produtores florestais quanto as ONGs defendem a expansão das plantações, para evitar a falta de matéria-prima e um possível ataque a áreas protegidas. Mas há muitas divergências sobre onde, como e o que semear. Os ambientalistas se preocupam com as novas fronteiras florestais. Eles temem que uma expansão sem planejamento avance sobre áreas ainda preservadas de Mata Atlântica, da Amazônia e do Cerrado. Em março, o Grupo de Trabalho de Florestas, do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais, enviou uma mensagem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pedindo que se promova uma ampla discussão para a definição de uma política para florestas plantadas, evitando o aumento do desmatamento das áreas preservadas. (Galileu/57, maio/03)