USO DE DDT LIGADO A NASCIMENTOS PREMATUROS
2001-07-23
O uso pesado de DDT (diclorodifenil tricloro etano, um pesticida) está ligado a epidemia não registrada de nascimentos prematuros. Esta é a conclusão de um estudo recentemente publicado no Lancet, do Instituto de Ciências da Saúde e do Meio Ambiente, do Instituto Nacional da Saúde e do Desenvolvimento Humano da Universidade da Carolina do Norte. Os cientistas encontraram elevados níveis de um subproduto do DDT, o DDE, armazenado no sangue de mães que tiveram filhos prematuros, com baixo peso. Um dos autores do estudo, Matthew Longnecker, disse que os dados mostram que deve ter de fato ocorrido uma epidemia de nascimentos prematuros em função do elevado uso do DDT e que só agora ela está sendo descoberta. Por meio de um programa dos institutos nacionais de saúde de 12 universidades, os pesquisadores conseguiram acesso a sangue armazenado de milhares de mães de crianças nascidas entre 1959 e 1966. Foi examinada uma amostra de 2.380 mulheres. Dessas, 361 nasceram prematuramente e 221 tinham peso e estatura abaixo do padrão. Essas mulheres tinham no sangue níveis cinco vezes maiores de DDE cinco vezes maior do que um grupo de mulheres analisado atualmente. O DDT foi suspeito de provocar efeitos tóxicos desde 1962, o que foi denunciado por Rachel Carson no livro Silent Spring.