Hoje (14/04), em Campinas (SP), reúnem-se representantes dos ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente, da Embrapa e os principais envolvidos no segmento de produtos orgânicos, na tentativa de fazer andar o Projeto de Lei 659-A, que tramita desde 1999 no Congresso e é considerado fundamental para promover a atividade. Pequenos produtores alegam que a matéria estabelece regras muito rígidas que poderiam engessar a produção e os negócios que alguns estimam movimentar cerca de R$ 300 milhões por ano. O tema também será um dos principais assuntos da conferência internacional Biofach, que acontece pela primeira vez na América Latina, em setembro, no Rio de Janeiro. A falta de leis dificulta as exportações, principal destino dos orgânicos, e a consolidação do crescente mercado interno, pois não há certificadora nacional alguma oficialmente reconhecida pelo governo federal. A Argentina estabeleceu suas normas em 1994 e é o único país latino-americano reconhecido pela União Européia para exportação de produtos orgânicos. Na rede Pão de Açúcar, que oferece entre 50 e 60 itens, por época, a demanda reprimida é muito grande, diz o diretor comercial de frutas, legumes e verduras, Leonardo Miau. - Temos um consumidor pronto para o consumo e não temos oferta de produtos, observa. (GM/A1/C-4)