Em entrevista concedida à revista Caminhos da Terra, Flávia Londres, coordenadora da campanha Por um Brasil Livre de Transgênicos, afirma que não existe uma pesquisa a longo prazo sobre transgênicos, mas seus defensores costumam dizer que a prova de que não fazem mal é que milhões de pessoas já estão consumindo esse produtos há seis anos e até hoje não há registro de problemas. Para ela, o que não se fala é que nesses países onde há a liberação, os alimentos não são rotulados, portanto, se uma pessoa passar mal, ou desenvolver uma doença, não se saberá se foi causada por transgênicos. Quanto a questão do meio ambiente, Flávia afirma que no Canadá, quando o plantio foi liberado, começaram a ser vendidas três marcas de canola geneticamente modificada, cada uma resistente a um tipo de herbicida. Com o tempo, elas trocaram pólen, gerando canolas que resistiam a qualquer deles. Hoje, a canola virou uma praga, invadindo as lavouras de trigo, obrigando agricultores a usarem herbicidas ultratóxicos. (Os Caminhos da Terra/27, abril 2003)