Os negócios unem moderna fábrica de papel e empresa ambiental fundada pelo histórico ecologista José Lutzenberger. - A parceria que temos com a Vida Produtos e Serviços em Desenvolvimento Ecológico Ltda, desde 1988, eliminou o custo ambiental e o nosso custo para a manutenção do depósito de resíduos, que existia até então, diz o diretor gerente da Klabin Celulose Riocell, Geraldo Haenel. A nova central é um avanço no tratamentos dos resíduos industriais da Klabin, no Rio Grande do Sul. Antes, no Horto Cascata e desde 1988, a mesma Vida tratava os resíduos industriais produzidos pela fábrica de celulose, mas a Horto Cascata acabou sendo cercada pela cidade de Guaíba e ficou em localização inadequada para a reciclagem, além de esgotado em sua capacidade de expansão. O novo empreendimento ocupa 16,5 hectares de uma área total de 100 hectares, batizada de Horto Florestal José Lutzenberger, de propriedade da Klabin. Existem quatro valas, com 11 mil metros cúbicos, para a fermentação anaeróbica de lodo oriundo da estação de tratamento de efluentes da planta da Klabin; um pavilhão administrativo e de abastecimento, com 3,2 mil metros quadrados; cinco leitos cobertos para secagem de lodo fermentado, com 18 mil metros quadrados de estufas e nove lagoas para tratamento de líquidos percolados. A fábrica gera, anualmente, 22,5 mil toneladas de resíduos tipo lama de cal, dregs e grits que, depois de reciclados, transformam-se em corretivo de acidez de solo e são comprados por empresas agrícolas e por indústrias do setor. De rejeitos perigosos e não perigosos, a geração bate nas 1,3 mil toneladas anuais entre lixo comum não reciclável, material inerte, refugos em geral, pilhas, baterias, lixo ambulatorial, lâmpadas, que são depositados pela Vida em aterros apropriados, são incinerados ou recebem tratamento em empresas especializadas. Além da planta da Klabin, a Vida faz o mesmo serviço para a Cambará, em Cambará do Sul, no interior gaúcho, para a Rigesa, em Santa Catarina, e para a Klabin Bacel, na Bahia. (GM/Capa/C3)