PROJETO DE ASSOCIAÇÃO DE RECICLAGEM É MODELO
2003-04-01
Uma pesquisa da ONG Lixo.Consulting e da Fundação Cide traçou o perfil do catador brasileiro: mais de 70% deles não têm outra fonte de renda e recebe ao mês R$ 192, em média. A maioria (57%) é casada, trabalha com lixo há mais de cinco anos e não completou o ensino médio. Boa parte trabalha em regime de cooperativa, como o Centro Ambiental da Vila Pinto, na periferia de Porto Alegre (RS). A associação é comandada pela líder comunitária Marli Medeiros, que tira do lixo o sustento. A associação separa e prensa 12 toneladas de lixo ao dia. São 120 pessoas do bairro trabalhando em três turnos e ganhando, em média, um salário mínimo. A associação tornou-se auto-sustentável e já comprou sítio, caminhão, Kombi e catador de lixo motorizado. Em 2000, Marli apresentou seu galpão de triagem na feira de Hannover, como um dos 600 projetos mais inovadores do mundo. – O Brasil está no Terceiro Mundo porque ainda não descobriu o mercado do lixo, que é aberto e promissor, aposta. (IstoÉ Online 01/04)