Santa Catarina não tem mecanismo de controle da presença de agrotóxicos nos alimentos. Não há inspeção para avaliar o nível de veneno nos legumes, frutas e verduras. Ao contrário de carne, leite e derivados - submetidos a análise para conferir origem, procedência e qualidade, os hortifrutícolas chegam ao mercado sem que algum órgão público faça a inspeção, o que coloca em risco a saúde pública. Um exemplo dessa ameaça é o tomate, conforme foi constatado em pesquisa da mestranda Eliane Aparecida Suchara, realizada no curso de pós-graduação em Ciências dos Alimentos, do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Foi comprovada no produto a presença do ETU (Etilenotiouréia), que é o princípio ativo do agrotóxico Mancozeb, e um agente cancerígeno com efeito no fígado e tireóide. O estudo foi orientado pela professora Vildes Scussel, doutora em agrotóxicos. (Diário Catarinense, 27/03)