Em 2001, o Sebrae/MG surpreendeu especialistas em água com os resultados de uma pesquisa sobre o perfil do setor industrial do Estado na gestão dos recursos hídricos. A pesquisa mostrou que, se 80,2% dos empresários reconheciam a perspectiva de escassez de água, 78,1% ainda desconheciam a nova legislação dos recursos hídricos. O cenário mudou em 2002, com a perspectiva da cobrança pelo uso da água. A Unidade de Monlevade da Siderúrgica Belgo Mineira fornece água aos 10 mil moradores do entorno. Entre suas ações, mantém uma Reserva Particular de Patrimônio Natural, onde promove educação ambiental. Também organiza programas ambientais para funcionários. Outra empresa que tem processo de redução de consumo de água é a Ematex Têxtil. Situada em Justinópolis, ela consumia 60 m3 de água/h em tingimentos e lavagens. Em 2000, criou seu próprio sistema de reuso. Outro caso de sucesso, desta vez em SP, é o da Daimler Chrysler, que gastava mais de R$ 5 milhões anuais com água em São Bernardo do Campo quando instituiu seu programa de redução de consumo. – O consumo caiu de 1.250 para 750 mil m3, comemora Laercio Vallese, gerente de infra-estrutura e engenharia industrial. (Valor Online)