Uma equipe de quatro pesquisadores - um chinês, um francês, um norte-americano e um russo - desenvolveu método de datação das calotas polares mais preciso do que o atual, diminuindo a incerteza de mil anos que se obtinha em, pelo menos, cinco vezes. A pesquisa colabora para compreender o degelo ocorrido há 250 mil anos. O estudo foi publicado na revista Science. O novo método permite avaliar a temperatura e a composição atmosférica da época, a partir das bolhas de ar aprisionadas no gelo. Pelo processo anterior, a datação era feita com base na análise isotópica do gelo, ou seja, no estudo das relações entre diferentes formas de um mesmo elemento. A incerteza sobre a diferença de idade entre o gelo e as bolhas de ar terminavam por dar resultados cientificamente vagos. Agora, a temperatura é estimada por uma análise precisa da composição isotópica do árgon, um dos gases contidos nas bolhas de ar. (Ambiente Brasil 15/03)