RESUMO: O lixo séptico é um dos mais perigosos à saúde pública, tanto pela carga patogênica que carrega, quanto pela falta de consciência da população, que o manipula de forma inadequada. O objetivo desse trabalho é avaliar como se processa a gestão dos resíduos sólidos dos centros de saúde da cidade de Natal/RN, com base na aplicação de questionários sobre a manipulação desses rejeitos, acondicionamentos e destinção final e posterior tabulação dos dados. O trabalho foi realizado em 16 dos 57 centros de saúde e Unidades Mistas da Cidade de Natal, que são administrados pelo município. A amostragem corresponde a 31,7% dos postos de saúde da capital e foi realziada em todos os distritos sanitários da cidade. As questões aplicadas foram referentes à existência ou não de profissional sanitárista no quadro funcional; a ocorrência e frequência de campanhas educativas, a parte de segurança, que envolve o uso do EPI. Além disso, realizou-se visita ao aterro controlado da cidade para verificação, in loco, de sua destinação final. Os dados colhidos foram analisados para proposição de melhorias. Verificou-se que há realização de campanhas educativas sobre a questão do lixo hospitalar em apenas 12,5% dos Centros de Saúde consultados. Em 75% das unidades, os funcionários usavam alguns EPIs. Do que foi observado nas unidades de saúde e dos resultados dos questionários aplicados, percebe-se que os resíduos sólidos dos serviços dos centros de saúde de Natal estão sendo gerenciados incorretamente, necessitando de uma política de educação. A destinação final dos resíduos é totalmente incorreta.
Instituição: Departamento de Engenharia Química da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Autores: Elisângela Lopes Galvão, José Souza Filho, Manuelle de Araújo, Magna Angélica dos Santos Bezerra, Carmem Joubert e Josette Lourdes de Souza Melo.
Contato: (81) 645-4295 ou e-mail: elgalvao@eq.ufn.br.