O que estava atrapalhando em uma unidade de conservação, agora está servindo em uma reserva indígena. Estão sendo enviadas para a Reserva Indígena da Guarita oito cargas de madeira, duas delas apreendidas pela fiscalização da Secretaria Estadual do Meio Ambiente. O restante veio das árvores exóticas que estão sendo retiradas do Parque Estadual de Itapuã. Até agora já foram enviados 51 metros cúbicos de madeira. Cerca de 70% desse material é composto de pinus e eucaliptos. É primeira vez na história gaúcha que este trabalho está sendo realizado. A madeira será utilizada para a construção de casas em áreas indígenas. O projeto envolve diversas secretarias de Estado. O primeiro lote, com 25 metros cúbicos de tábuas de araucária, foi enviado na última semana de junho. Isso é suficiente para construir nove casas. A madeira procedeu da agência florestal de Carazinho com destino à Reserva Indígena da Guarita, no município de Redentora, Noroeste do Estado. A área tem um déficit habitacional de 176 moradias. Depois do material apreendido, foi remetida a primeira carga de madeira de árvores exóticas retiradas do Parque Estadual de Itapuã. A madeira de pinus e eucalipto está sendo beneficiada em serraria de órgão do governo, em Palmares do Sul. As casas dos guaranis e dos kaingangues serão de modelos diferentes. As comunidades foram consultadas quanto ao estilo básico de habitação. Segundo Renzo Bassanetti, diretor adjunto do Departamento de Florestas e Áreas Protegidas da Sema, que também é o representante da Sema no Conselho Estadual dos Povos Indígenas, outras reservas deverão ser beneficiadas ao longo deste e do próximo ano.