RESUMO: Com o intuito de realizar um estudo inédito no município de Marau para determinar os componentes encontrados nos resíduos de serviço de saúde e precisar em que proporção aparecem além de promover a sensibilização junto à comunidade que representa os serviços de saúde, como médicos, hospitais, laboratórios de análises clínicas, dentistas, ambulatórios e postos de saúde, foi viabilizada a realização deste projeto. Por haver um desenvolvimento acentuado na cidade, sentiu-se a necessidade de maior interesse por parte das autoridades competentes para a questão dos resíduos de serviço de saúde, uma vez que a cidade é reconhecida nacionalmente por conta dos trabalhos desenvolvidos junto aos resíduos sólidos domésticos. Determinou-se gravimetricamente cada componente expresso em porcentagem, em relação ao peso total do lixo. A determinação desta característica física, para a qual existem diversas formas sendo usual a que se denomina quarteamento, é o primeiro e fundamental passo para a realização deste trabalho. A partir dela, é possível elaborar projetos que visem a redução de resíduos, segregação na origem e aproveitamento de materiais. A média de lixo produzida na cidade é de 548,800 kg/mês. Os resultados mostraram que 65% dos resíduos não foram classificados como sépticos e deveriam ter outro tratamento como disposição final. Os hospitais foram responsáveis pela produção de 47% do total dos rejeitos produzidos. Através do trabalho conclui-se que fatores como variação sazonal, quantidade de leitos, localização e hábitos profissionais influem diretamente no volume de resíduos.
Autores: Taísa Bassi (bióloga, fiscal ambiental da Prefeitura Municipal de Marau), Clóvia M. Mistura (química, professora da Universidade de Passo Fundo), Silviani T. Poma (bióloga, especialista em Engenharia Ambiental).
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