Prossegue a reunião da CPI da Biopirataria, que investiga denúncias de tráfico de animais e plantas silvestres. Os deputados já ouviram vários depoimentos que subsidiarão o relatório final da Comissão, a ser votado ainda nesta semana. O presidente da CPI, deputado Luis Ribeiro (PSDB-BA), se disse impressionado pelo fato de que nenhum dos depoentes, nem mesmo o diretor de Fiscalização do Ibama, afirma ter conhecimento das denúncias. Multada em R$ 200 mil porque mantinha em casa cerca de 400 animais silvestres, Karina Michely de Sousa Freitas, de Caruaru, Pernambuco, afirmou que tinha só 15 dias de casada na data da apreensão e não sabia que o marido, a quem conheceu na feira em que ambos trabalhavam, fazia tráfico de animais. Os deputados também ouviram a chefe da Divisão de Controle e Fiscalização da Gerência Executiva do Ibama em Salvador, Marluce Vieira Campos, suspeita da venda de formulários de Autorização de Transporte de Produtos Florestais (ATPF). Ela nega que esteja envolvida no sumiço de um bloco de autorizações em Salvador e seu reaparecimento em São Paulo, e atribui o caso a roubo ou clonagem.