CARTA FOI ENVIADA COM CÓPIA PARA O PRESIDENTE DO BM
poluente orgânico persistente
incineração de resíduos
2003-01-14
A carta da ACPO que pede o fim da incineração de resíduos contendo POPs através de projetos financiados pelo Banco Mundial (BM) foi enviada não apenas para o diretor da Unidade de Administração Regional da instituição, mas com cópia para James Wolfensohn, presidente do BM em nível mundial. No documento, a ACPO ressalta um caso brasileiro: o do grupo Cataguazes/Sergipe (ID 10727), que teve uma linha de financiamento do Banco Mundial aprovada em 2001 para as empresas de energia elétrica de Sergipe (Energipe) e da Paraíba (Saelpa), destinada à expansão dos sistemas de distribuição de energia, na qual está prevista a queima de policloretos de bifenila (PCB) no incinerador da Bayer em Belford Roxo, no Estado do Rio de Janeiro. Conforme o presidente da ACPO, Jeffer Castelo Branco, não há por que continuar insistindo na incineração desses materiais à medida que já existem tecnologias alternativas para a destruição de PCBs que não a incineração. Essas tecnologias, garante, estão em uso na Austrália, no Canadá e nos Estados Unidos. Ao ser permissivo com a incineração, ressalta Branco, o Brasil praticamente está passando por cima da Convenção de Estocolmo da Nações Unidas, com a qual se comprometeu em 23 de maio de 2001, tendo por objetivo a eliminação dos POPs.