O bagaço que resta da moagem de cana é um resíduo precioso. Queimado, ele garante a energia para todos os processos da produção de açúcar e álcool. Em cada tonelada de cana moída em uma usina, sobram 240 quilos de bagaço. O resíduo é queimado numa caldeira, que gera energia térmica em forma de vapor de água. Numa turbina, essa energia é transformada em mecânica, e, no gerador, em energia elétrica, na chamada co-geração. Movida a bagaço, a co-geração é uma das alternativas mais baratas e de mais rápida implantação para aumentar a oferta de energia. A Companhia Açucareira Vale do Rosário de Morro Agudo, ao norte do estado de São Paulo, foi uma das pioneiras no ramo, vendendo energia desde 1989. Mas nunca deixou de investir na geração, e está dobrando seu fornecimento de eletricidade, de 15 para 30 megawatts. No total, a energia vendida por essas empresas chega hoje a 85 megawatts. Mas o potencial da co-geração do setor é muito maior. (Globo Rural/14)