Autor: Luciano Rodrigues Legaspe, mestre em Geografia Urbana pela Universidade de São Paulo (USP).
Data: não disponível.
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RESUMO: No ano de 2001, a partir de um estudo sobre a estrutura de gerenciamento de resíduos sólidos da cidade, constatou-se que, entre os diversos equipamentos que são operados pelo LIMPURB-SP, as duas usinas de compostagem já trabalhavam com capacidade máxima de 1.600 toneladas por dia. Por receberem resíduos domiciliares misturados e produzir-se um composto de baixa qualidade, além de gerar uma grande fração de refugo, de aproximadamente 800 toneladas por dia. Passou-se então a estudar os geradores de resíduos que alimentavam as usinas de compostagem que poderiam fornecer material rico em matéria orgânica. Entre eles, foram utilizados os resíduos das feiras livres, obtendo-se um excelente resultado prático. Com este trabalho empírico, passou-se a analisar como recolher as sobras das feiras e, em conjunto com uma das empresas que prestam serviços ao LIMPURB, foi elaborado um programa denominado Feira Limpa, que funciona como um modelo de coleta seletiva, onde são dispostos BAGS (sacos de mil litros) confeccionados em nylon. Foram desenvolvidos três modelos de BAGS, cada um possuindo um padrão de cor. O marrom serve para recolhre matéria orgânica (restos de frutas, legumes, verduras e pescados), o preto para madeira, palha e coco verde, além de outros materiais inservíveis, e o arco-íris, papéis, plásticos, vidros e metais. Este sistema apresentou uma grande praticidade, melhorou a limpeza nas feiras, sem apresentar custos adicionais, pois utilizou-se a própria logística que existia de pessoal (varredores) e passou-se a utilizar um caminhão de carroceria com um munck, em vez de caminhão compactador.