RESUMO: A compostagem da fração orgânica dos resíduos sólidos, produzidos em múltiplas atividades humanas, constitui uma forma de valorização de crescente importância nas políticas de gestão integrada desses resíduos com vários benefícios, entre eles os ambientais e de saúde pública, e de viabilidade econômica. Este processo tem enorme relevância para o país, especialmente pelo fato de poder produzir um produto a baixo custo, estabilizado e seguro, rico em húmus, que, misturado ao solo, enriquece sua qualidade, possibilitando melhor crescimento das culturas agrícolas, além do combate à erosão de solos degradados. Nessa perspectiva, apresenta-se um estudo avaliando, em laboratório, o efeito da temperatura mesofílica e termofílica no processo desenvolvido no laboratório de Engenharia Sanitária e Ambiental (LESA) da Universidade Federal de Viçosa (Minas Gerais), no período de março a junho de 2001.Para a realização do estudo, foram montados dois experimentos mantidos em diferentes temperaturas (termofílica e mesofílica) com pilhas de compostagem com o mesmo material, resíduos sólido orgânico proveniente da cidade de Coimbra (MG). Os resultados mostraram que o experimento mantido com temperatura termofílica apresentou resultados compatíveis para a formação de um composto aceitável. O experimento, mantido sob temperaturas mesofílicas, não apresentou alguns parâmetros de valores aceitáveis, apresentando problemas operacionais, requerendo maiores áreas e inviabilizando a obtenção de um bom composto orgânico.
AUTOR: Francimara Costa de Souza, mestre em Engenharia Civil pela Universidade Federal da Paraíba (2002) , professora do Centro de Ensino Tecnológico do Instituto Centec, em Sobral (CE); João Tinoco Pereira Neto, professor titular do Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de Viçosa (MG); Beatris Susana Ovruski de Ceballos, professora adjunta do Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal da Paraíba (UFPB); Juliana Pinto Mota, engenheira civil da UFPB.
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