Uma das maiores reservas de água em Long Island, a Leste de Nova Iorque, que serve para abastecer cerca de 35 mil pessoas na região, está com sinais de contaminação por MTBE. A causa é um vazamento cuja responsabilidade é atribuída à Exxon Mobil, embora a empresa alegue não ter havido a contaminação em pelo menos 11 pontos de captação. O distrito de Plainview Water, onde se localiza o dano ambiental, está buscando a compensação por danos de US$ 2 bilhões por vazamento de óleo em uma estação da Exxon Mobil agora fechada. “O que temos basicamente aqui é o caso de um poluidor sabendo absolutamente tudo sobre a situação e não fazendo nada”, alega MarcBern, procurador do distrito. Segundo ele, a Exxon sabia do problema há anos e não fez qualquer advertência. O MTBE foi muito usado nos Estados Unidos, especialmente a partir de 1970, com a adoção de novas leis ambientais de proteção do ar. O aditivo é considerado um meio barato de ajuda na queima da gasolina comum, mas sua afinidade com a água faz com que ele se transforme em um grande risco neste meio, podendo se espalhar rapidamente e causar câncer. No entanto, isto só foi detectado anos depois, por volta de 1995, quando surgiram as primeiras evidências comprovadas por estudos. O assessor de comunicação da Exxon, Barry Wood, afirmou que a Exxon certamente adotou ações proativas em relação a este sítio, mesmo após ter cessado as suas operações no local. O Estado de Nova Iorque tem hoje 200 mil vazamentos de MTBE já detectados, afirma o presidente da Toxic Targeting Inc. (empresa dedicada a estudos e bases de dados sobre meio ambiente), Walter Hang. Segundo ele, o banimento do uso do produto ainda está previsto para 2004 no distrito. Hang acrescentou que o nível de MTBE detectado no subsolo aumentou mais de dez vezes, para 840 partes por bilhão, desde que foi descoberto um vazamento de gasolina, em 1997.